23 de set. de 2010

UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR

Vale a pena ler até o fim

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer." Ela se sentou e jantou sem falar uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou: "Você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais, e sim à Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Sentindo-me muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia, mas eu não voltaria atrás no que disse, pois amava Jane profundamente. Finalmente, ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada à mesa, escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos, e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu, então, percebi que ela estava completamente louca, mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a ideia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse Jane, em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então, quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo: "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho: "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio." Eu balancei a cabeça, mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção nessa mulher. Ela certamente havia envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar nesse estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Essa mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada à Jane, mas ficava cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. “Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício”, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles, mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse: "Todos os meus vestidos estão grandes para mim." Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso. Ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto nesse momento e disse: "Pai, está na hora de você carregar a mamãe." Para ele, ver seu pai carregando sua mãe todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de ideia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já havia ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo."

Eu não consegui dirigir para o trabalho. Fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de ideia. Subi as escadas e bati na porta do quarto. Jane abriu a porta e eu disse a ela: "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar."

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa: "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa, no dia do nosso casamento, para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouvi-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe."

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama, morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando havia vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio, e prolongou a nossa vida juntos, proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício à felicidade, mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa; faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer.

Mas se escolher enviar para alguém, talvez salve um casamento.
Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir.

ALGO Á MAS SOBRE OS HOMENS

Quando Deus criou Adão, Ele o criou à sua imagem e semelhança. Eles caminhavam lado a lado no Jardim do Éden e conversavam sobre tudo. Como fazem os melhores amigos. Deus o ensinou tudo que precisava saber, mas um dia Ele percebeu algo que não existia antes, que Adão tinha uma necessidade que ainda não havia sido suprida. Adão tão pouco sabia o que era, lembre-se que ele foi o primeiro homem a existir!

Deus viu a necessidade de o homem ter uma mulher e então Ele nos criou, à imagem e semelhança do homem. Isso não quer dizer que somos menos importantes, mas que se Ele nos tivesse criado à Sua imagem e semelhança, nós seríamos como os homens...

Os homens são mais racionais, eles não seguem tanto as suas emoções como as mulheres. Eles são mais focalizados em resolver o problema do que como se sentem por causa do problema. Eles não falam dos problemas porque não vêem a necessidade, enquanto nós falamos porque precisamos colocar pra fora. SIM, nós somos bem diferentes, mas não de uma maneira negativa (como algumas pessoas pensam).

A nossa diferença é exatamente o que Adão precisava. Ele não queria um outro Adão do seu lado, ele queria uma Eva... uma pessoa mais suave, mais sensível e mais gentil.

O fato é que o homem precisa da mulher. Ele não consegue muito sem ela. Ele pode ter tudo nesse mundo mas sem uma mulher ao seu lado, ele é apenas como Adão era antes da Eva, incompleto. Deus não o acusou por causa disso e então ninguém deveria.

Você já percebeu como a maioria dos filmes de Hollywood passam a imagem dos homens como perdedores, bêbados, mulherengos, tapados, fracos, imaturos e totalmente sem noção de nada, enquanto as mulheres são heroínas, mais centradas, mais inteligentes e mais em controle?

Nós fomos criadas para o homem mas de alguma forma com o passar dos anos, nós nos rebelamos contra esse plano inicial. Agora somos auto-suficientes com uma placa bem grande na testa que diz ‘VOCÊ NÃO É MEU DONO’.

Outro fato é que as mulheres pararam de cumprir o seu papel e então os homens pararam de cumprir o seu. Eles ainda precisam de nós e nós ainda precisamos pertencer a eles, mas por alguma razão, nós dizemos pra nós mesmas que isso é irrelevante...

Que estranho.

Conselhos para as casadas

Algumas idéias de como apoiar seu marido e fazer de seu matrimonio uma bênção.

Elogie seu marido – todo ser humano gosta de receber elogios, isso o motiva e lhes da coragem. Ademais não custa nada. Provérbios 3:27

Incentive seu marido – todo ser humano necessita um incentivo. Uma boa palavra vinda de você da coragem a seu marido para enfrentar os desafios da vida. Provérbios 31:26

Cuide de seu casamento – caso você não tenha percebido, casamento é sacrifício, deve ser trabalhado e acompanhado de oração. Como esposa busque dar atenção ao seu marido, respeitando-o e mostrando sempre amor e carinho. Efésios 5:33

Cuide de sua família – o marido da mulher de provérbios 31 é um homem influente no trabalho e na comunidade, porque sua esposa é uma mulher influente no lar. Você deve cuidar da família e levar a serio as refeições, os horários, as roupas e a educação das crianças.1Timoteo 3:4,5

Cuide de seu lar – recorra a graça de Deus para ajudá-la a cuidar dos trabalhos domésticos e dos desafios inesperados da vida. Peça a Deus que a ajude a gostar de atender ao bom andamento de sua casa, para que tudo esteja em ordem. Provérbios 31:27

Cuide de suas finanças – sua sabia administração do dinheiro, fará seu esposo prosperar. A mulher sabia reduz os gastos para aumentar o ganho de sua família.

De liberdade a ele – quando ele necessita trabalhar ate mais tarde, saiba compreender em lugar de ficar sempre reclamando. Ore por seu esposo e mostre compreensão.

Apóie os sonhos dele – seja qual for a profissão de seu esposo e o local onde trabalha, dedique-se a apoiá-lo no que necessita. Nunca o despreze ou ridicularize os sonhos dele.

Entenda que seu comportamento reflete nele – você e seu marido devem manter-se juntos como uma unidade, enfrentando juntos todos os problemas e desafios, todos os acontecimentos e situações, todos os sonhos que fazem parte da vida dos dois.



Algumas idéias de como apoiar seu marido e fazer de seu matrimonio uma bênção.

Elogie seu marido – todo ser humano gosta de receber elogios, isso o motiva e lhes da coragem. Ademais não custa nada. Provérbios 3:27

Incentive seu marido – todo ser humano necessita um incentivo. Uma boa palavra vinda de você da coragem a seu marido para enfrentar os desafios da vida. Provérbios 31:26

Cuide de seu casamento – caso você não tenha percebido, casamento é sacrifício, deve ser trabalhado e acompanhado de oração. Como esposa busque dar atenção ao seu marido, respeitando-o e mostrando sempre amor e carinho. Efésios 5:33

Cuide de sua família – o marido da mulher de provérbios 31 é um homem influente no trabalho e na comunidade, porque sua esposa é uma mulher influente no lar. Você deve cuidar da família e levar a serio as refeições, os horários, as roupas e a educação das crianças.1Timoteo 3:4,5

Cuide de seu lar – recorra a graça de Deus para ajudá-la a cuidar dos trabalhos domésticos e dos desafios inesperados da vida. Peça a Deus que a ajude a gostar de atender ao bom andamento de sua casa, para que tudo esteja em ordem. Provérbios 31:27

Cuide de suas finanças – sua sabia administração do dinheiro, fará seu esposo prosperar. A mulher sabia reduz os gastos para aumentar o ganho de sua família.

De liberdade a ele – quando ele necessita trabalhar ate mais tarde, saiba compreender em lugar de ficar sempre reclamando. Ore por seu esposo e mostre compreensão.

Apóie os sonhos dele – seja qual for a profissão de seu esposo e o local onde trabalha, dedique-se a apoiá-lo no que necessita. Nunca o despreze ou ridicularize os sonhos dele.

Entenda que seu comportamento reflete nele – você e seu marido devem manter-se juntos como uma unidade, enfrentando juntos todos os problemas e desafios, todos os acontecimentos e situações, todos os sonhos que fazem parte da vida dos dois.

22 de set. de 2010

A Mulher sábia edifica sua casa



Eu creio que toda mulher espiritual deseja ser modelo. Não da moda, mas modelo de filha, esposa e mãe.

Se tudo que a mulher faz para investir nisso a ajudasse, teríamos hoje um outro respeito por ela. Infelizmente, o que se vê hoje em dia é um grande desrespeito por valores morais e espirituais.

Especialmente por parte da própria mulher. Em busca de sua ‘independência’ ela tem se deixado levar pela volúpia desenfreada pelo poder econômico como se isso a deixasse livre.
Por conta disso vale até expor o corpo aos apelos da moda pervertida. Sua discreção e beleza, tão importantes e essenciais têm dado lugar ao sexo desenfreado.

A Bíblia ensina que a mulher sábia constrói sua casa, e a virtuosa excede em muito o valor de finas jóias. Que tipo de sabedoria ou virtude poderia habilitar uma mulher-modêlo? Capacidade intelectual? Amor? Dedicação nos trabalhos caseiros ou seculares? O que realmente faz a diferença entre uma mulher de Deus e a comum?

No trato da mulher sábia a Bíblia refere-se àquela que, à exceção das demais, tem se utilizado mais da razão do que da emoção.

Estudos têm mostrado que o homem é mais racional, enquanto a mulher mais emocional. Isto parece ter mesmo sentido, pois na tentação o diabo não investiu contra Adão. Ele escolheu Eva. Por que? Por causa de sua fragilidade física? Não! Mas por ser criatura mais dada à emoções.

Satanás percebeu a fraqueza de Eva e de acordo com isso tentou! Ele usou apenas da palavra de dúvida para estimular sua curiosidade. E esta uma vez concebida, a levaria logo à ação da desobediência.

A sabedoria da mulher de Deus está na sua racionalidade porque suas decisões são tomadas de acordo com a fé inteligente e não emocional. Assim sendo é muito mais difícil fazer a má escolha.

O caráter emotivo é característica marcante nas crianças. Criança não pensa, age. São movidas apenas à base dos sentimentos momentâneos. Por isso não podem ficar sozinhas e suas ações precisam sempre ser vigiadas.

A virtude da sábia está em pensar de acordo com os pensamentos de Deus. Antes de agir ela medita, pesa, avalia para que suas atitudes não sejam infantis.

Normalmente os casamentos são feitos na base da emoção sentida no coração, mas quantos subsistem? Poucos, infelizmente.

A Palavra de Deus já adverte quanto aos enganos do coração, chegando até mesmo identificá-lo como enganador e corrupto:

Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? (Jeremias 17:9)

Portanto, enquanto a mulher sábia (racional) edifica sua casa, a mulher insensata (emotiva), com as próprias mãos, a derruba.

A coisa mais difícil é achar uma mulher livre economicamente e feliz no amor. Isto porque quando chega ao status de ‘liberdade econômica’ igual ao do seu marido, ela o rejeita como cabeça.

A mulher como cabeça do marido, não só contraria sua própria natureza, mas como a agride frontalmente.

Ela foi criada para auxiliar seu marido. Ele é o cabeça e ela o corpo. Como inverter essa natureza? Como trocar essa ordem? Impossível! É como plantar árvore com as raízes para cima...

Essa é a razão porque as mulheres de sucesso econômico são infelizes no amor. Impossível para elas ocupar a posição original.


Deus abençoe abundantemente

ESTER,MULHER CORAJOSA.


A rainha de Assuero e heroína do livro com o mesmo nome. Era judia e o seu nome era Hadassa (murta), mas quando entrou para o harém do rei, recebeu o nome pelo qual ficou a ser conhecida (Et 2:7). Este nome não é mais do que uma modificação Siro-árabe da palavra persa satarah, que quer dizer “estrela”. Era filha de Abiail, um benjamita. A sua família não tirou partido da permissão dada por Ciro, para que os exilados voltassem para Jerusalém; e ela passou a viver com o seu primo Mardoqueu, que tinha um cargo entre os servos do rei Persa em “Susã, no palácio”. Assuero, tendo-se divorciado de Vasti, escolheu Ester para sua mulher. Pouco depois disto, ele deu a Hamã, o agagita e seu primeiro ministro, poder e autoridade para matar e extirpar todos os Judeus do império Persa. Pela interposição de Ester, foi evitada tamanha catástrofe. Hamã foi morto na forca que fora preparada para Mardoqueu; e os judeus estabeleceram uma festa anual, a festa do Purim, em memória da sua maravilhosa libertação. Este acontecimento deu-se cerca de 52 anos após o regresso do povo a Jerusalém (479 a.C.).
Ester é nos mostrada como sendo uma mulher de profunda piedade, fé, coragem, patriotismo e cautela, que se combinavam com a sua determinação; uma filha cumpridora para com o seu pai adotivo, dócil e obediente aos seus conselhos e ansiosa por partilhar o favor do rei com ele, pelo bem do povo Judeu. Ela deve ter possuído uma graça, umas maneiras e um charme singular, uma vez que ‘alcançava graça aos olhos de todos quantos a viam’ (Et 2:15). Ela foi colocada por Deus naquela posição, a fim de evitar a destruição do povo judeu e lhes proporcionar proteção, paz e riquezas no seu cativeiro.
Mensagem do Livro de Ester
A mensagem principal do livro é que o povo de Deus não pode ser destruído, nem mesmo pelos inimigos mais poderosos do mundo. Como disse a esposa de Hamã:”Você já começou a perder a luta com Mordecai. Ele é judeu, e você não vai ganhar de jeito nenhum. Você vai perder na certa” (6.13). A passagem mais conhecida do livro é 4.14, onde Mordecai diz a Ester:”Talvez você tenha sido feita rainha justamente para ajudar numa situação como esta!”
Para as Mulheres de Hoje
O que aconteceu a Ester é uma lembrança a todas as mulheres da soberania de Deus. Para realizar a vontade do Senhor, ela usou sua beleza, sua inteligência e talvez até sua atitude de respeito para com seu marido, bem como sua fé admirável e destemida. Por meio de sua obediência, Ester tornou-se uma verdadeira “estrela” no reino.

A Vitória alcançada atravez da oração.

“Levantou-se Ana [...] Ela, com amargura de alma, orou ao Senhor, chorou muito.” (1Sm 1.9a-10.)  A Bíblia nos conta a história de uma mulher extraordinária, Ana. Ela viveu no período dos juízes. Uma época em que “não havia rei em Israel: cada um fazia o que achava mais reto” (Jz 21.25). Seu esposo chamava-se Elcana, homem da tribo de Efraim, filho caçula de José.
     Ana e Elcana moravam nas regiões montanhosas de Efraim, em Ramatain-Zofim.Ele era amoroso e procurava sempre agradar sua amada esposa, quer com palavras de ânimo, quer por meio de atitudes de honra e confissões de seu amor sincero.Entretanto, Ana tinha uma grande angústia em seu coração: ela era estéril. Nunca poderia gerar filhos.
     O passar dos anos ia consolidando sua tristeza. Sentia-se incapaz de corresponder ao amor de seu marido, dando-lhe um fruto desse amor: um filho; semente abençoada para perpetuar o nome da família e consagrar a união dos dois.Além disso, a Escritura Sagrada relata que Ana tinha uma rival: Penina. Esta era a segunda esposa de Elcana e tinha filhos com ele. Talvez Elcana tenha se casado também com Penina exatamente por causa da esterilidade de Ana... E Penina irritava excessivamente a pobre e sensível Ana, porque esta possuía o amor do marido.
      “No dia em que Elcana oferecia o seu sacrifício, dava ele porções deste a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas. A Ana, porém, dava porção dupla, porque ele a amava, ainda mesmo que o Senhor a houvesse deixado estéril” (1Sm 1.4-5.)
      Outras mulheres experimentam lágrimas doídas, provocadas pela irritação constante da inveja declarada de quem está tão perto, no convívio diário. Irritação que soa como um gotejar contínuo que enlouquece e faz perder a alegria de desfrutar da vida. São situações de conflito que amarguram o coração e, então, não se consegue ver o sol, mas apenas as sombras dos problemas crônicos.
      O que fazer? Ana nos dá a resposta: orar.Orar com intensidade e firmeza.
      Orar com perseverança na direção da perfeita vontade de Deus. Arriscar pedir a realização do sonho de sua vida. Lançar sobre o coração de Deus toda a ansiedade do coração humano e esperar, com fé, o que vai acontecer...Parecia que as palavras doces de Elcana não conseguiam entrar no coração de sua esposa: [...] “Ana, por que choras? E por que não comes? E por que estás de coração triste? Não te sou eu melhor do que dez filhos?” (1Sm 1.8.) Ana não poderia trazer preocupações para seu marido. Ela precisava encontrar a solução e parar com sua atitude passiva de apenas chorar. Então, após terem comido e bebido, antes de retornarem para casa, naquele ano, “levantou-se Ana [...] ela, com amargura de alma, orou ao Senhor, chorou muito” (1Sm 1.9a-10).
       Ela tomou a atitude decisiva de guerrear no mundo espiritual: orar com toda intensidade, com suas lágrimas, com o coração transparente e sincero. Ana se derramou em súplicas diante de Deus. “E fez um voto, dizendo: ‘Senhor dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha’.”
       Há duas coisas muito importantes na oração de Ana a serem observadas: aqui, pela primeira vez, Deus é chamado nas Escrituras de “O Senhor dos Exércitos”, “Javé Sabaoh”. Ana sabia que se encontrava em verdadeira batalha espiritual, no âmbito familiar e também nacional. Sua nação estava vivendo sob o mau procedimento dos filhos do sacerdote Eli, que deixavam as ovelhas de Israel desprotegidas diante dos inimigos.
      E havia guerra também dentro da casa de Elcana, com Penina constantemente provocando Ana e “espetando-lhe a carne” com palavras maldosas. Ana então orou ao Senhor dos Exércitos.
Ela creu num Deus que domina sobre todas as coisas. Ela creu que o Senhor ouve o clamor dos fracos, indefesos e angustiados...É muito importante que nos aproximemos de Deus crendo em sua existência e que Ele é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6). É preciso saber quem é o nosso Deus.
     Qual a amplitude do seu poder. Qual é a dimensão do amor que Ele demonstra por seu povo. É importante saber que “não sabemos orar como convém, mas que o Espírito de Deus nos assiste em nossas fraquezas e intercede por nós, sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26), aleluia! É preciso orar com fé.
     “Demorando-se ela no orar perante o Senhor, passou Eli a observar-lhe o movimento dos lábios, porquanto Ana só no coração falava; seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma; por isso Eli a teve por embriagada.” (v.12-13.) Ao orar com toda a intensidade de sua alma, Ana agora iria enfrentar um julgamento falso a seu respeito. Eli a teve por embriagada e chamou-lhe a atenção. Ela poderia ter-se sentido ofendida e nunca mais querer retornar a Siló, perante o sacerdote Eli. Mas sua luta não era no campo humano. Sua guerra era espiritual. Sua resposta estava nas mãos do Senhor e era para Ele que ela deveria olhar. Somente para Deus.
     “Porém Ana respondeu: Não, senhor meu! Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida forte; porém venho derramando a minha alma perante o Senhor. Não tenhas a tua serva por filha de Belial; porque pelo excesso de minha aflição é que tenho falado até agora.” (v.15.)
      Como é importante manter os olhos postos no Senhor e não em nós mesmos!Como Ana nos dá uma prova de um coração firme e confiante, ao responder com respeito a quem a ofendia... Ela se explicou respeitosamente e não levou em conta o julgamento precipitado de Eli. Quantos problemas seriam resolvidos de maneira mais fácil, se as pessoas não se sentissem tão facilmente ofendidas... Muitas mulheres criam verdadeiros “cavalos de batalha” com situações e palavras que não merecem tanta ênfase.
      E o sacerdote Eli trouxe uma palavra profética para Ana: [...] “Vai-te em paz e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.” (v.17.) Era exatamente dessa palavra que Ana precisava: paz e confirmação da vontade de Deus em seu coração. Ela tomou posse da paz, e o texto nos diz que ela, a seguir, seguiu seu caminho e comeu, e já não era triste o seu semblante, aleluia!
     Ali, naquele momento aconteceu a cura da alma de Ana. Foi quando se derramou, de coração, diante do Senhor; quando enfrentou incompreensão e calúnia e manteve-se firme em seu propósito de buscar a Deus, é que Ana experimentou a paz para prosseguir vivendo, crendo e sonhando os sonhos de Deus para si...
     Ana se levanta no Velho Testamento como uma guerreira da oração. Ela recebe a resposta amada do Senhor: um filho, Samuel.Ela cumpre o voto que fizera, devolvendo seu filho para o serviço do Senhor; deixando-o no templo em Siló: “Pelo que também o trago como devolvido ao Senhor, por todos os dias que viver, pois do Senhor o pedi.” (v.28.)
    Não haveria melhor lugar para seu pequeno Samuel do que na casa do Senhor, no serviço do Senhor dos Exércitos, aleluia! E Ana com seu marido e o filhinho adoraram ao Senhor. Ana entoou um belíssimo cântico ao Senhor.

10 de set. de 2010

O CHAMADO PARA A BATALHA E O CÂNTICO DA VITÓRIA


 - Tanto assim é que Débora, embora fosse juíza em Israel, chamou a Baraque, filho de Abinoão, de Quedes de Naftali, para que comandasse o povo de Israel na guerra contra Jabim. Por que Deus mandou que Débora chamasse Baraque, se era ela a profetisa e a juíza em Israel? Porque o comando militar não era adequado nem apropriado para u’a mulher como Débora, já de certa idade e cuja condição de mulher não lhe permitia dirigir uma guerra. Temos aqui, portanto, uma clara demonstração que contesta tanto as “feministas” como os “machistas”.


- Como é bom quando somos guiados por Deus, o único ser que conhece a estrutura de cada um (Sl.103:14), o único que conhece o coração de cada ser humano (I Sm.16:7; Jo.2:25). Débora, por ser guiada pelo Espírito de Deus, pôde saber quem era o homem mais valoroso, mais adequado para liderar a guerra contra Jabim, cujo exército, diz-nos o texto sagrado, era extremamente bem equipado, com carros de ferro, que o fazia praticamente imbatível naquele tempo. Débora, vivendo nos montes de Efraim, não tinha, a não ser pelo Espírito de Deus, saber que um homem de Quedes de Naftali seria o ideal para o comando da peleja, mas Deus, que cuida do Seu povo e sabe as qualidades de cada um, pôde fazer esta indicação.

- Débora não queria ir à batalha. Sabia que não tinha condição nem preparo para liderar uma guerra. Por isso, sabendo que esta era uma típica função masculina, guiada pelo Espírito de Deus, chamou a Baraque, que foi tão somente o comandante do exército de Israel e não juiz, como alguns israelitas “machistas” insistem em afirmar ao escreverem a história sagrada.

- Débora convoca Baraque e diz que ele deveria atrair gente de Naftali e de Zebulom, dez mil homens, no monte Tabor, para a batalha contra as tropas de Sísera, a ser travada no ribeiro de Quisom. Em primeiro lugar, devemos observar que se exigiu de Baraque que “atraísse gente”, a sua própria gente, a gente da tribo de Naftali, bem como a tribo vizinha de Zebulom. Deveria ser uma forte atração, pois estes dez mil homens deveriam ser reunidos no monte Tabor, “…uma colina de certa proeminência, localizada cerca de 16 km a sudoeste do mar da Galiléia, no vale de Jezreel. Chega a 562m de altitude, acima do nível do mar. Suas vertentes são muito inclinadas, e em vários lugares da ascensão, divisam-se paisagens espetaculares.…” (Russell Norman Champlin, Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia(São Paulo: Hagnos, 2001), v.4, p.353).

- Esperava-se de Baraque, portanto, que tivesse grande “poder de atração” , pois deveria convencer cerca de dez mil homens, num período de uma cruel opressão, com inimigos muito bem armados, a subir um monte, cuja subida era difícil, aos olhos do adversário, ou seja, que houvesse uma disposição firme para lutar, pois só a reunião já seria considerado um ato de guerra por Jabim e Sísera (cfr. Jz.4:12,13). Esta disposição firme era a coragem, não só de Baraque, mas de todos os soldados que viessem a ele.

- É interessante observar que, para demonstrar coragem, o povo deveria subir até o monte Tabor (que, pela tradição, é apontado como tendo sido o monte da Transfiguração), ou seja, mostrar-se a todos como pessoas dispostas a lutar contra o inimigo. Temos tido este mesmo propósito em nossas vidas? Jesus disse que somos a luz do mundo e não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte (Mt.5:14). Neste mundo, devemos resplandecer como astros no mundo num meio de uma geração corrompida e perversa (Fp.2:15).

- Exigia-se, pois, de Baraque e de todos os que se juntassem a ele a mesma postura que Débora tinha tido até ali. Por ser fiel a Deus e não ter se contaminado com o pecado dos povos à sua volta, Débora tinha se tornado uma profetisa e juíza em Israel e, agora, como o povo havia se arrependido dos seus pecados e clamado a Deus, fazia-se necessário que, também, fossem eles corajosos o suficiente para romper com o pecado e “subir o monte Tabor”, demonstrar disposição firme de romper com o pecado, com o mundo, com o inimigo.

- Baraque estava disposto a fazê-lo, mas disse que se Débora não fosse com ela, não iria (Jz.4:8). Aqui vemos um outro motivo pelo qual Débora estava a julgar a Israel naquele tempo. Não havia homem algum disposto a assumir, sozinho, o comando para libertar Israel. Baraque fora escolhido por Deus como comandante porque era o indivíduo mais corajoso, o mais valoroso de todos os homens de Israel. Se ele não se mostrava a disposto a ir sozinho, sem a companhia de Débora, temos que nenhum homem, naquele tempo, tinha tal disposição. Todos os homens eram “frouxos” e, como nos ensina Salomão, “se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena” (Pv.24:10).

- A ascensão de Débora à posição de juíza em Israel está relacionada com a “frouxidão”, a “fraqueza”, a “vacilação” dos homens de seu tempo. O homem mais valoroso, que era Baraque, era “fraco”, estava “vacilante”, não demonstrava “firmeza”, mesmo tendo sido convocado pela profetisa, por alguém que tinha plena comunhão com Deus. Como não havia homens dispostos a ser firmes na Sua presença, Deus levantou u’a mulher para este papel.

OBS: A palavra hebraica utilizada em Pv.24:10 é “raphah”, cujo significado é “relaxar”, “enfraquecer”, “sucumbir”, ou seja, a idéia nitidamente é de enfraquecimento, de perda de firmeza, de falta de coragem.

- Débora fora levantada como “mãe em Israel” porque não havia homem algum disposto a ser corajoso, porque faltavam homens firmes e Deus não Se prende ao homem e às suas limitações para cumprir os Seus compromissos. Deus tinha um pacto com Israel e, por isso, mister se fazia levantar um libertador para o povo. Como não havia homem disposto, Deus levantou u’a mulher.

- Originariamente, o homem foi posto como cabeça da mulher (I Co.11:3), mas se ninguém se puser na brecha (Ez.22:30), Deus levantará mulheres, pois a Sua obra tem de ser realizada. Isto ocorreu não só na história de Israel, como na história da Igreja, onde, por diversas vezes, o Senhor, ante a inoperância masculina, levantou mulheres para exercer funções que, a princípio, eram destinadas aos homens. Assim é que, por exemplo, o “movimento de santidade”, base do avivamento pentecostal, teve como figuras proeminentes as pessoas de Sarah Worrall Lankford , Phoebe Palmer (1807-1874) e de Hannah Whitall Smith (1832-1911), sem falar na figura importante de Frida Vingren (1891-1940), esposa do missionário Gunnar Vingren e cuja atuação foi de extrema relevância na história das Assembléias de Deus no Brasil.

- O compromisso de Deus é com o Seu povo e a Sua Palavra e, para tanto, busca homens e mulheres dispostos a fazer a Sua obra. Se os homens se mostrarem “frouxos”, o Senhor levantará mulheres, ainda que em funções que, a princípio, seriam destinadas aos homens. Débora é um exemplo e, por isso, foi ela para a batalha, embora o comando estivesse com Baraque e, também por causa disso, u’a mulher, Jael, foi a responsável pela morte de Sísera e, por isso, a honra por esta vitória militar ficou com as mulheres e não com os homens.

- Baraque deveria atrair gente para o monte Tabor, mas a batalha se daria no ribeiro de Quisom, ao pé do monte Carmelo, para onde o Senhor atrairia Sísera e seu exército (Jz.4:7). Enquanto que, para demonstrar disposição para a luta, deveriam os valentes se apresentar no monte, para a batalha, escolheu-se um vale. Devemos nos mostrar como luzes do mundo, mostrar a todos que somos servos do Senhor, mesmo num meio de uma geração perversa e corrompida, mas, no dia-a-dia da luta contra o mal, nos embates, devemos descer no vale, no ribeiro, para que só o nome do Senhor seja glorificado. O servo do Senhor não deve querer aparecer, mas ter, em seu coração, sempre as palavras do Batista: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua”(Jo.3:30). Baraque só venceu quando, juntamente com seus soldados, desceu do monte (Jz.4:14).

- Ser corajoso, com se vê, é se manter firme aos pés do Senhor, mostrar-se diante do inimigo, mas jamais atacar ou lutar sem a devida direção divina. Baraque deveria lutar somente após o Senhor ter atraído o inimigo até o ribeiro de Quisom. Devemos, também, nas lutas de cada dia, somente atacar quando e onde o Senhor nos mandar. Resistir ao diabo para que ele fuja de nós exige, antes, que nos sujeitemos a Deus, que sigamos a Sua orientação (Tg.4:7). Jesus, quando enfrentou o diabo, fê-lo porque estava conduzido pelo Espírito Santo (Mt.4:1).

- A vitória de Baraque esteve vinculada à obediência com relação ao momento e ao local indicados pelo Senhor para a batalha. Baraque somente desceu do monte Tabor com seus homens quando Débora lhe disse que era aquele o dia em que o Senhor havia determinado a vitória sobre o inimigo (Jz.4:14). Devemos saber que há um tempo determinado para todo propósito debaixo do céu (Ec.3:1) e devemos estar em perfeita sintonia com o Senhor, para fazer a Sua vontade. Por isso, devemos ter comunicação com Ele, comunicação esta que somente se estabelece mediante a oração, o jejum e a meditação na Bíblia Sagrada. Não é por outro motivo que o Senhor nos ensinou a orar pedindo que a vontade de Deus seja feita na terra como no céu (Mt.6:10).

- Quando Baraque obedeceu ao Senhor e desceu até o ribeiro de Quisom, tem-se que o Senhor agiu, pois, como bem sabemos, embora tenhamos de estar preparados para a batalha, a vitória vem do Senhor (Pv.21:31). A vitória militar era impossível aos olhos humanos, diante da superioridade do exército de Sísera, mas, quando Baraque desceu para o ribeiro de Quisom, este, inexplicavelmente, inundou a região, fazendo com que os carros de Sísera se tornassem um entrave e se criasse uma confusão que foi suficiente para que Baraque pudesse ter vantagem sobre o inimigo (Jz.5:21,22).

- Deus tinha compromisso com o Seu povo, tinha de libertá-lo, mas, para tanto, era preciso que o povo se dispusesse a servi-lO, seja se arrependendo dos seus pecados, seja se dispondo a ir para a batalha. Por isso, Débora, em seu cântico, que é um dos mais antigos textos conhecidos em hebraico, afirma, em primeiro lugar, que se deveria louvar a Deus porque os chefes haviam se posto à frente e o povo se oferecido voluntariamente (Jz.5:2).

- Mas, como havia sido dito por Débora, apesar da vitória cabal conseguida pelo exército de Baraque, Sísera conseguiu fugir e acabou sendo morto por Jael, mulher de Heber, que era queneu, ou seja, descendente do sogro de Moisés, Jetro, povo que veio morar juntamente com os israelitas desde aquele tempo. A honra pela vitória militar, portanto, ficou com uma mulher.

- No cântico em que Débora louva ao Senhor pela vitória, cântico que, como toda obra do gênero no Antigo Testamento, é, na verdade, uma mensagem inspirada pelo Espírito Santo, Débora nos mostra que, enquanto Baraque atraíra os soldados das tribos de Naftali e de Zebulom, a profetisa conseguira o apoio das tribos de Efraim, Benjamim e da meia tribo de Manassés (Maquir, nome do filho de Manassés) e Issacar.

- Entretanto, a meia de tribo de Manassés, que ficava do outro lado do Jordão, Ruben, Dã e Aser não ajudaram na peleja, preferiram manter-se sob a escravidão. A profetisa, em nome do Senhor, censura este povo, que, lamentavelmente, tipifica muitos que, na atualidade, preferem se manter sob o domínio do mal e do pecado a se dispor voluntariamente a lutar contra o inimigo.

- Ruben ficou discutindo se ajudaria, ou não, e, enquanto discutiam, a peleja ocorreu, sem que eles tivessem ajudado. Ruben é o modelo dos indecisos, dos tímidos, daqueles que, por terem receio no seu coração, mostram-se fracos. Estes, como afirma o poeta sacro, não receberão o eterno galardão que o Senhor tem para dar, pois os tímidos ficarão do lado de fora da cidade celestial (Ap.21:8). Jesus repreendeu este tipo de gente, porque não têm fé (Mc.4:40) e, sem fé, é impossível agradar a Deus (Hb.11:6).

- Dã, a meia tribo de Manassés e Aser, por sua vez, em vez da indecisão de Ruben, preferiram desfrutar do que ainda possuíam a se arriscar ante o poderoso inimigo. “Detiveram-se em navios”, “assentaram-se nos portos do mar e ficaram nas suas ruínas”. Estes tipificam aqueles que preferem as bolotas que se atiram aos porcos, as ilusões deste mundo a tornarem a Deus e a se arrependerem dos seus pecados. Encontram-se presos em suas concupiscências e, em virtude disto, amam mais a glória dos homens do que a glória de Deus (Jo.12:42,43). Não querem ser expulsos da sinagoga e, por causa disto, não entrarão no céu. O verdadeiro e genuíno servo de Deus, porém, não busca a glória dos homens (I Ts.2:6), seguindo mais este exemplo do Senhor Jesus (Jo.5:41).

- Também foi alvo de censura pela profetisa a cidade de Meroz, localizada na tribo de Naftali, próxima a Quedes, cidade de Baraque, que, ao contrário dos demais naftalitas, não compareceu para a batalha, demonstrando, assim como as demais tribos, covardia e desatendimento ao chamado do Senhor (Jz.5:23). Meroz foi acremente amaldiçoada, ou seja, duramente amaldiçoada. Esta maldição mostra-nos como é grave e sério desatendermos ao chamado do Senhor, desprezarmo-lO. Como diz o escritor aos hebreus, “…mas o justo viverá da fé e, se ele recuar, a Minha alma não tem prazer nele” (Hb.10:38). Temos atendido ao chamado do Senhor para a batalha contra o mal? Ou temos preferido ver os outros lutar como o povo de Meroz?

- Débora, em seguida, no seu cântico, abençoa Jael e as mulheres, pela disposição demonstrada na batalha, pela forma como habilmente “rachou a cabeça” do inimigo, não dando a mínima chance, a mínima brecha para que ele pudesse subsistir. A bênção foi estendida também a todos os que amam o Senhor (Jz.5:31). Quem ama a Deus? Aquele que faz o que Ele manda (Jo.15:14). Somos alcançados por esta bênção divina feita pela boca de Débora?

- Neste cântico, Débora mostra que era uma mulher de Deus, que o Espírito Santo nela repousava, que se tratava de uma pessoa despertada para as coisas de Deus (Jz.5:12), que não temia falar a verdade e que nem a vitória impedia de considerar as falhas e os acertos de cada um. Era uma mulher com amplo discernimento espiritual e responsabilidade e que sabia bem delinear as responsabilidades de cada um. Por isso, tinha condições de julgar Israel, pois agia com imparcialidade, retidão e justiça.

- Como é diferente o tempo em que vivemos, onde os líderes nem sempre agem sem acepção de pessoas, com retidão e justiça, onde o favoritismo, infelizmente, é uma tônica e um modo de ação característico daqueles que estão à frente do povo de Deus. Que possam eles aprender com Débora que, sem titubear, e sob a inspiração do Espírito Santo, pôs tudo no seu devido lugar, enaltecendo aqueles que, efetivamente, cumpriram os desígnios divinos e repreendendo aqueles que não se conduziram bem na luta contra o inimigo. É esta a função de quem está à frente do povo do Senhor, é esta a função de apascentar as ovelhas: usar da vara e do cajado para que todos os santos possam se aperfeiçoar e chegar à estatura de varão perfeito, à medida de Cristo.